Revista Super Negócios - set/2019
O PISTRAB é um projeto que busca implementar políticas públicas para pessoas com deficiência mental/psicossocial capacitadas para o trabalho, inserindo-as no mercado formal por meio da metodologia do Emprego Apoiado/Customizado. Isso é realizado com o suporte técnico da equipe do PISTRAB, em colaboração com empresas inclusivas.
Profissionais da rede de saúde mental do Rio de Janeiro, incluindo Damiana Ambrozio Fernandes, psicóloga do Caps Simão Bacamarte, Margarete Araújo, psicóloga e coordenadora de Integração Psicossocial do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, e Rita Cristina de Paula das Neves, terapeuta ocupacional do Caps Simão Bacamarte, compartilharam suas perspectivas com a revista Super Negócios:
"Por muito tempo, observamos que a inclusão de pessoas com deficiência mental/psicossocial no mercado de trabalho enfrentava grandes desafios, devido ao estigma social associado à saúde mental. Essa barreira atitudinal prejudicial muitas vezes impedia a admissão desse público. No entanto, notamos uma transformação significativa em nossos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Simão Bacamarte, localizado no bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, quando foram contratados por uma rede de supermercados.
A inserção no mercado de trabalho proporcionou benefícios notáveis, como o fortalecimento do autocuidado, da autoestima e da autoconfiança, refletindo na autonomia dos indivíduos e em suas relações familiares, além de resgatar sua dignidade e cidadania. Além disso, essa inclusão em redes de supermercados contribuiu para a redução de danos, a diminuição do isolamento social e uma maior participação na sociedade."
DICAS DAS ESPECIALISTAS DO PISTRAB PARA AVANÇAR NESSE CENÁRIO:
Garantir o respeito da pessoa com deficiência mental/psicossocial.
Aproximar-se da tecnologia assistiva (emprego apoiado):
Utilizar ferramentas para oferecer acessibilidade física, visual, auditiva e digital a funcionários com vários tipos de deficiências. A tecnologia assistiva pode melhorar a funcionalidade do profissional.
Olhar para o candidato em suas potencialidades/diferenças, reconhecendo sua contribuição para a empresa.
Fomentar uma cultura institucional voltada à inclusão da pessoa com deficiência no campo do trabalho.
Desconstruir barreiras atitudinais.
Adaptar-se ao processo de inclusão como algo contínuo e sensível às necessidades do outro.
Ver no diálogo um recurso potencializador da interação social.
Possibilitar um ambiente acessível e inclusivo, oferecendo igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
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